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Introdução

O presente trabalho nasceu do desejo de tornar explícitos os momentos problemáticos e dificultosos que os cegos e deficientes visuais encontram em sua trajetória escolar. Muitos deles antigamente eram vistos como peso, improdutivos, hoje lutam por direitos e oportunidades iguais aos demais cidadãos. Pudemos observar na Antiguidade, que os deficientes eram colocados nas rodas dos enjeitados, e eram jogados pelos precipícios, afogados ou mortos, sem ao menos terem opção de tentar mostrar suas capacidades.
Longos anos e décadas foram percorridas, muitos deles tiveram suas vidas negadas, tudo pelo preconceito e pela falta de consciência dos que brigavam pelo poder. Centenas de vidas foram necessárias para que hoje pudéssemos ter em nosso convívio escolar um deficiente visual.
No Brasil discute-se muito sobre o acesso à educação para todos. Apesar dos avanços, a maioria dos deficientes continuam sem direitos garantidos, principalmente os deficientes visuais, pois mesmo ao serem integrados na sala, isso não significa que tenha um acesso real à educação, tendo em vista a falta de preparo dos professores para trabalhar com alunos com deficiência visual. Como consequência, estes alunos são abandonados à sua própria sorte, a menos que eles sejam persistentes, e que briguem pelos seus direitos e cobrem inteiramente a presença e a participação de seu professor. Segundo as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, no seu artigo 2º, orienta os sistemas para a prática da inclusão: “Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo à escola organizar-se para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais, assegurando as condições necessárias para uma boa educação de qualidade para todos”. (DUTRA, Claudia Pereira: 2005, Secretaria da Educação Especial). O objetivo do trabalho é abordar a respeito do deficiente visual e suas barreiras na sala de aula, no ensino fundamental, haja vista que trata-se de