Obras de transposição do rio São Francisco
Francisco Siqueira mora em Mauriti, extremo-sul do Ceará, e aos 53 anos de idade vislumbra desolado a obra parada que tanto sonha ver concluída: a transposição das águas do Rio São Francisco.
Segundo o ministério da Integração Nacional, Mauriti está incluído na chamada meta 3N do projeto, no eixo norte da transposição, onde se encontra a maior parte das obras no Ceará com 38 quilômetros de extensão. O orçamento inicial em 2007 era de R$ 4,5 bilhões, mas atualmente o valor corresponde a quase o dobro: R$ 8,2 bilhões.
O lote 6 tem um trecho das obras paralisadas há pelo menos 1 ano e 4 meses. O canal corta pelo menos 15 localidades e de acordo com a associação dos trabalhadores rurais da região, com as obras paradas pelo menos 400 pessoas estão prejudicadas. Não há nem serviço para ocupar a mão de obra local, nem água suficiente para irrigar plantações, consumo humano e dos animais.
A chuva deste ano foi tão pouca que o açude de Mauriti, pertencente ao Dnocs e incluído no projeto para receber água do Rio São Francisco, não encheu nem 1/3 da capacidade, que é de 33 milhões de metros cúbicos.
Em uma visita recente à região o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, disse que foi aberto um novo processo de licitação para retomada das obras. Elas devem estar concluídas em 2015.
FONTE: G1
Aguardada por quatro estados do Nordeste que amargam a maior seca dos últimos 40 anos, aquela que seria a rendição de 12 milhões de sertanejos não passa de um conjunto de canais desconectados, dutos enferrujados com ferros retorcidos e estação elevatória que parece um fantasma de concreto. Às margens da BR-316, no município de Floresta, a 439 quilômetros de Recife, duas colunas gigantescas servem de suporte para nada.
A obra ainda não conseguiu levar uma gota de água a lugar algum, o que vem despertando revolta da população e apreensão nos estados que seriam beneficiados. Com um custo inicialmente estimado em R$ 4,5 bilhões, a