Obra Guernica
O quadro gerou muita polêmica, tanto nos meios políticos como nos artísticos. Alguns críticos disseram que a obra era abstrata demais para servir de instrumento de denúncia social, outros, como sempre, criticaram o artista, dizendo que arte e política não devem ser "misturadas" etc. Toda essa polêmica fez com que a obra ganhasse o "status" de "uma das produções artísticas mais significativas do séc. XX" e fez com que seu autor se consagrasse como o mais importante artista de vanguarda da época. Atualmente a obra Guernica encontra-se no Centro de Arte Rainha Sofia, em Madri. No entanto, ela ficou durante um longo período no museu de Moderna de Nova York. A tela Guernica de Picasso foi exibida pela primeira vez em 1937, durante a Exposição Internacional de Paris no pavilhão da República Espanhola. Picasso, que estava engajado com a causa republicana e antifascista da Guerra Civil Espanhola, pretendia que sua obra fosse uma espécie de instrumento de denúncia contra as atrocidades da Guerra Civil espanhola e contra a eterna desumanidade do homem.
Nessa imagem percebe-se claramente a dor que sente uma mãe quando perde um filho. Não só essa mãe, ou só as mães da cidade de Guernica, mas sim todas as mães do mundo. Toda a lateral inferior esquerda do quadro é ocupada por uma figura totalmente mutilada, que pode ser assemelhada uma espécie de guerreiro. Repare que, apesar de ter a cabeça e os braços cortados, o guerreiro está agarrado a uma espada quebrada, simbolizando assim a resistência do povo espanhol. Próxima a sua mão, ainda contraída em torno da espada quebrada, encontra-se uma flor, símbolo da esperança de uma nova era. A flor, símbolo da esperança, quase que unida à espada, símbolo da resistência.