Obra de Weber
Para Weber a sociedade pode ser compreendida a partir do conjunto das ações individuais. Estas são todo tipo de ação que o indivíduo faz, orientando-se pela ação de outros. Só existe ação social, quando o indivíduo tenta estabelecer algum tipo de comunicação, a partir de suas ações com os demais. Em assim sendo, a definição de ação social, presente nas análises de Weber, demonstra uma ênfase sociológica na conduta que o ator subjetivamente orienta para o comportamento de outro, podendo essa ação social ser orientada para o comportamento de outro individuo, e um grupo de indivíduos ou ainda de uma pluralidade indefinida de indivíduos Cohen apud Monteiro, J. Cauby S. & Cardoso, Adalberto Trindade (2002, 04).
Nem todo tipo de contato entre pessoas tem caráter social, senão apenas um comportamento que, quanto ao sentido, se orienta pelo comportamento de outras pessoas. Um choque entre dois ciclistas, por exemplo, é um simples acontecimento do mesmo caráter de um fenômeno natural. Ao contrário, já constituiriam “ações sociais” as tentativas de desvio de ambos e o xingamento ou a pancadaria ou a discussão pacífica após o choque (WEBER, 1999, 14, grifo do autor).
Weber estabeleceu quatro tipos de ação social, conceitos que explicam a realidade social, mas não são a realidade social. Sendo eles a ação tradicional: aquela determinada por um costume ou um hábito arraigado; a ação afetiva: aquela determinada por afetos ou estados sentimentais; estas duas irracionais e a racional com relação a valores: determinada pela crença consciente num valor considerado importante, independentemente do êxito desse