Obesidade e sua consequência em portugal

Em Portugal, assim como em todos os países desenvolvidos, a obesidade constitui um importante problema de saúde pública com consequências econômicas de grande dimensão. Em Portugal o número de pessoas com excesso de peso (IMC ≥ 25-29,9) é de quase 50% da população. Esta doença é um importante facto de risco para outros problemas de saúde, é associada a outros problemas metabólicos, como a diabetes mellitus tipo 2, a insulinorresistência, a dislipidemia, doenças cardiovasculares, a hipertensão arterial e mesmo a doença vascular cerebral. Deve notar-se que os portugueses com mais níveis de escolaridade apresentam quase metade da prevalência de pré-obesidade e um quarto da prevalência da obesidade quando comparados com os de baixa escolaridade e classes sociais mais desfavorecidas. Em Portugal a prevalência de pré-obesidade e obesidade em crianças dos 7 aos 9 anos de idade mostram um valor na ordem dos 31%.

O excesso de gordura é o resultado de um balanço energético positivo, o que resulta de um aumento de energia ingerida comparando com a quantidade de energia utilizada. Um sedentarismo no dia a dia e uma comida rica em límpidos e hidratos de carbono são o resultado deste embalanço energético associado ao excesso de peso, observado na vida moderna. A gordura corporal pode distribuir-se de maneiras diferentes e, assim, há a chamada obesidade andróide (corpo em forma de maçã), a qual se acumula na parte superior do corpo, no abdómen. Esta é a gordura abdominal ou visceral que é considerada a mais perigosa, ou seja, a que pode causar mais complicações e a que é de certa forma mais activa a nível metabólico. Depois há a chamada obesidade ginóide (corpo em forma de pêra), a qual se acumula na parte inferior do corpo principalmente nas coxas, não estando esta tão associada a complicações metabólicas quanto a obesidade abdominal.

Os benefícios da perda de peso a longo prazo são enormes para a saúde e para a sociedade. Para além de outros, os benefícios mais