Numerais
Desde o início dos tempos, as pessoas já viviam em grupos. E para se alimentarem caçavam, colhiam frutas e raízes. Não plantavam, não criavam animais e, por isso, não vendiam, não realizavam compras e não usavam dinheiro. O que certamente comprovava que o homem, até então, não sentisse a necessidade dos números em sua vida.
Como o descobrimento da agricultura, criada há cerca de dez mil anos na região que hoje é denominada Oriente Médio, os homens se tornaram sedentários plantando e criando animais para sua alimentação. Dando início também a sua primeira forma de comercialização: as trocas; criando no homem a necessidade de contar, de medir, estabelecer quantidades.
A agricultura passou então a exigir o conhecimento do tempo, das estações do ano e das fases da Lua e assim começaram a surgir as primeiras formas de calendário.
No pastoreio, o pastor usava várias formas para controlar o seu rebanho. Pela manhã, ele soltava os seus carneiros e analisava ao final da tarde, se algum tinha sido roubado, fugido, se perdido do rebanho ou se havia sido acrescentado um novo carneiro ao rebanho. Assim eles tinham a correspondência um a um, onde cada carneiro correspondia a uma pedrinha que era armazenada em um saco.
A palavra que usamos hoje, cálculo, é derivada da palavra latina calculus, que significa pedra que serve para contar.
A correspondência unidade a unidade não era feita somente com pedras, mas eram usados também nós em cordas, marcas nas paredes, talhes em ossos, desenhos nas cavernas e outros tipos de marcação. Essa necessidade, inerente ao homem, de registrar quantidades deu origem à numeração escrita. As primeiras contagens ocorreram em várias épocas e lugares e com maneiras diferentes de contar.
Muitos estudos comprovaram que civilizações antigas utilizavam alguns registros de contagem. Na Inglaterra, por exemplo, até o século XVIII, era costume registrar quantidades em barras de madeira conhecidas como talhas.
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