Nucleossintese
Por:Alfredo N. Bandeira, jr.
(http://www.aracaju.com - acessado em 25/04/2006)
Cumprindo promessa feita em coluna anterior, passamos a discutir o fenômeno da "Nucleossíntese", isto é, a formação, no interior das estrelas e no espaço interestelar, dos elementos químicos que constituem o Universo e a Vida.
Vejamos como este fenômeno se desenvolveu desde o início do universo. Em benefício do leitor leigo, será uma discussão, tanto quanto possível, escoimada de detalhes dos processos físicos e químicos que presidem sua complexidade.
Segundo a Teoria da Expansão, hoje consagrada como Teoria do Big-Bang graças ao astrônomo inglês Fred Hoyle, o universo nasceu de uma grande explosão. O postulado fundamental desta teoria diz que a explosão ocorreu em um ponto singular ( Ovo Cósmico, de Lemaitre), sem dimensões (sic), com uma densidade infinita.
De repente, há cerca de 13 bilhões de anos atrás ( segundo os mais recentes cálculos, a idade do universo é calculada entre 13 a 15 bilhões de anos ) houve a grande explosão e naquele momento foram criados o espaço e o tempo, concomitantemente com a liberação de energia em níveis incríveis, ao redor de
3 bilhões de graus centígrados.
Ao nascer naquela alucinante explosão, o Universo Primevo preencheu-se de radiação e partículas fundamentais, os "quarks", que se entrechocavam, pois que tudo era energia e o universo era todo luz (1).
Desde então, o universo entrou em expansão e, ainda hoje continua se expandindo. Na medida em que ele se expandia, o Universo se esfriava e a diminuição do nível elevadíssimo de energia da explosão foi permitindo que os quarks se unissem aos pares ou ternos formando, assim, partículas de maior organização, como os prótons, os elétrons e os nêutrons.
Com o continuado declínio da temperatura os primeiros elementos da fornalha atômica, que era o universo de então, formaram-se pela interação daquelas partículas. Inicialmente,