Novo Acordo Ortografico
- Novo Acordo Ortográfico:
A mudança é inevitável. Nada é como foi há cem anos atrás. E é a mudança que traz a evolução. É certo que mesmo tendo tempo para nos habituarmos a este acordo ortográfico, podemos cair no erro de continuar a escrever como escrevemos agora. Afinal uma modificação desta natureza não é facilmente adoptada. Mas também temos de ter a noção de que, mesmo que não fosse acordada mudança alguma, daqui a vinte anos já os nossos descendentes teriam adoptado mudanças na sua escrita. Para corroborar esse mesmo facto basta que analisemos a escrita dos nossos avós. De facto, um dos principais receios de quem teme este acordo é que se percam as individualidades da nossa língua, ou seja, tudo aquilo que há de tradicional na nossa escrita. O que essas pessoas negligênciam é que bastam ligeiras mudanças na nossa ortografia para nos aproximar dos restantes países que partilham connosco a língua portuguesa. As mudanças efectuadas são mínimas. Precisas, inclusive. Recaem principalmente na supresão de consuantes mudas, que não são precisas para nada, entre outras discrepâncias do português actual. Porque razão se faz tanto alarido então em torno desta questão? Fundamentalmente este acordo, e sublinho a palavra acordo, tem como principal função tornar-nos mais abertos aos PALOP e ao Brasil, para desse modo estreitarmos as nossas relações. Convém salientar que seriamos nós, como país, quem mais beneficiaria dessa relação de proximidade. É sabido que o Brasil é economicamente mais evoluído que Portugal. Também os países africanos, onde se fala a língua portuguesa, constituem cada vez mais um íman para investidores estrangeiros, como Angola por exemplo (Fonte: “Angola Global”). Se quem é contra este acordo utilizar a desculpa de que as mudanças efectuadas vão “abrasileirar” o Português, estará a negligênciar o facto de já hoje em dia adoptarmos termos utilizados no português brasileiro que apreendemos em programas televisivos, como serve