Novas tendências de comunicação
História contemporânea e Cenários
Aluno : Clayton Sorva
Prof: Carlos Roma
A emergência do Iluminismo
O auge do absolutismo no século XVIII significou também o ponto máximo de suas contradições. Assim, as tensões envolvendo os monarcas, a nobreza e a burguesia culminaram em uma situação pré-revolucionária na Europa. De fato, a partir do final do século, a burguesia foi se equipando com armas teóricas que serviriam para questionar o poder dos reis absolutistas, justificar a revolução e criar uma nova ordem política. Iluminismo é o nome que se dá à ideologia que foi sendo desenvolvida e incorporada pela burguesia com base nas lutas revolucionárias do final do século XVIII. Suas origens, todavia, já se encontravam no século XVII, nos trabalhos e reflexões de precursores como o francês René Descartes (1596-1650), que lançou as bases do racionalismo como a única fonte de conhecimento. Ele acreditava na existência de uma verdade absoluta, incontestável. E, para atingi-la, desenvolveu o método da dúvida, que consistia em questionar todas as teorias ou idéias preexistentes. Com o tempo, convenceu-se de que a única verdade possível era sua capacidade de duvidar, reflexo da sua capacidade de pensar. Assim, a verdade absoluta estaria sintetizada na fórmula “eu penso”, com base na qual concluiu sua própria existência. Sua teoria passou a ser resumida na frase: “Penso, logo existo”. Descartes acreditava também na existência de um Deus criador do universo, para ele um mecanismo extremamente sofisticado e governado por leis eternas. Caberia ao homem, dotado da razão, desvendar tais leis. Para ele não havia interferência divina no universo após sua criação. Os trabalhos do inglês Isaac Newton (1642-1727) no campo da física colaboraram para afastar a crença em uma interferência divina no universo, confirmando as concepções deístas de Descartes. Isso representou um avanço espetacular no que se referia à interpretação do