Nosso mundo adulto e suas raízes na infância – Melanie Klein (1959)
O capítulo inicia-se relatando sobre as tendências fundamentais da criança pequena. Klein afirma que em sua teoria, que as crianças pequenas eram vistas como seres sem conflitos, o que ela contradiz, afirmando que a angústia existe até mesmo no bebê.
Ressalta que a vida mental da criança, e posteriormente do adulto, é influenciada pelas emoções e fantasias inconscientes.
Nos primeiros meses de vida a mãe representa para o bebê todo o mundo externo, ele apresenta neste período uma ansiedade de natureza persecutória, ou seja, o sentir inconsciente do bebê, todo o desconforto como se tivesse sido infligido a ele por forças hostis, ou seja, a mesma mãe que traz o conforto e prazer também traz o desconforto e a frustração.
Melaine fala sobre introjeção e projeção que não são apenas processos infantis, mas ocorrem durante a vida toda. Através da introjeção, a imagem transformada do mundo externo influencia o que ocorre em sua mente, criando o mundo interno que é parcialmente um reflexo do mundo externo. Ao se referir sobre o termo “fantasia”, Melaine Klein diz que representa o conteúdo particular das necessidades ou sentimentos que dominam a mente no momento. Ela afirma que as fantasias, ao se tornarem cada vez mais elaboradas ao longo do desenvolvimento nos acompanham em todas as atividades da vida, ou seja, desde nossas escolhas amorosas, profissionais até nossas produções artísticas são influenciadas por elas.
A atitude amorosa e cuidadora da mãe é o primeiro objeto bom que o bebê entra em contato, estabelecendo uma boa relação com ela o ajudará a realizar a identificação com objetos bons.
Uma forte identificação com a mãe torna fácil para a criança identificar-se também com um pai bom e, mais tarde, com outras figuras amistosas.
De acordo com Klein nos três ou quatro primeiros meses de vida predominam a ansiedade persecutória, a cisão e os impulsos destrutivos, ou seja, a posição