Nomenclaturas (Zoologia)
A denominação adequada de um organismo vivo é atribuição da taxionomia (gr. taxis = distribuição, classificação + nomia = legislação). Por sua vez, a análise das relações evolucionárias entre os organismos, tendo por alicerce a taxionomia, é objeto da sistemática. A unidade da classificação biológica é a espécie. Entre outras definições, espécie pode ser entendida como “conjunto de indivíduos que apresenta muitas características em comum e difere de outras formas em um ou mais aspectos”.
Grupos de espécies mais relacionadas são reunidas dentro de um mesmo gênero.
Gêneros relacionados reúnem-se em famílias e estas, sucessivamente, em ordens e em duas outras categorias superiores, as classes e os filos. Todo o conjunto, por fim, perfaz o chamado reino animal (Animalia). Mais recentemente, tem sido proposta a categoria de domínio para conter os diferentes reinos que congregam seres vivos.
Aristóteles (384-322 A.C.), na Grécia, foi quem primeiro expressou a idéia de reunir os animais por suas características, tanto comuns como distintivas, sendo por isso chamado de “Pai da Zoologia”. Todavia, foi com John Ray (1627-1705) que surgiram os conceitos de gênero e espécie, embora esta última ainda não considerada como unidade evolutiva, o que ocorreu apenas com a publicação dos trabalhos clássicos de
Darwin e Wallace, já na segunda metade do século XIX. A figura de maior relevância no aspecto de ordenação dos seres vivos, no entanto, acabou sendo Karl Linnaeus
(1707-1778), que propôs um sistema simples e prático para isso, lançando as bases para a classificação e a nomenclatura modernamente utilizadas no mundo; em vista disso, é conhecido como o “Pai da Taxionomia”. Diferentemente do que era usual até então, ou seja, a identificação de um animal através de longas descrições, Linnaeus propôs o reconhecimento de cada espécie por meio de apenas duas palavras, em latim. Criava, de tal modo, a nomenclatura binomial.