Noemberg
O clima da caatinga é o tropical semiárido e suas características são pouca chuva, secas prolongadas e temperaturas elevadas. Pela pouca água existente no solo, a vegetação é rasteira, com árvores de porte baixo, muitas plantas espinhosas e cactáceas, como o xique-xique (Pilosocereus gounellei) e o mandacaru (Cereus jamacaru), que só existem lá. Entre as outras espécies encontradas na região destacam-se a barriguda, a catingueira, a umburana e o juazeiro.
A fauna da caatinga é bem diversificada, composta por répteis (principalmente lagartos e cobras), roedores, insetos, aracnídeos, cachorro-do-mato, arara-azul (ameaçada de extinção), sapo-cururu, asa-branca, cutia, gambá, preá, veado-catingueiro, tatupeba, sagui-do-nordeste, entre outros animais.
Apesar das circunstâncias desfavoráveis, a biodiversidade da caatinga é rica, apresentando muitos seres vivos de espécies diferentes, adaptadas ao clima local. O ecossistema é considerado a região semiárida mais diversa do mundo e possui cerca de 6.000 espécies, muitas ainda desconhecidas pelos pesquisadores. Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, estima-se que 41% das espécies da caatinga permaneçam desconhecidas.
Até o momento, segundo dados do MMA, foram descritas na região 932 espécies de plantas, 241 de peixes, 79 de anfíbios, 177 de répteis, 591 de aves, 178 de mamíferos e 221 de abelhas. No caso da flora, mais de 30% das espécies descritas são endêmicas, ou seja, ocorrem apenas nesse ambiente e região e em nenhum outro lugar do mundo.
DIRETO AO PONTO:
Os pesquisadores alertam que o bioma vem sendo muito desmatado e, ao contrário da Amazônia, do cerrado e da Mata Atlântica, recebe menos atenção quando se trata de preservação e cuidado. Este ano, a região do Nordeste, onde está localizada a maior parte do bioma, enfrenta a pior seca dos últimos 50 anos. As principais ameaças contra a caatinga são a degradação ambiental, a pecuária extensiva de