NO: Adeus Sr. Pinochet
Em um cenário de ditadura militar, que já vinha se arrastando por 15 anos, o Chile teve seu governo, e governante Augusto Pinochet, como alvo internacional. Ocorreu uma forte pressão por parte de vários países para legitimação de Pinochet através de um plebiscito, que caso não acontecesse resultaria em uma deposição. A partir desse cenário que se constrói acontece uma abertura à oposição. Começariam a serem exibidas pela TV chilena “programações” pela perpetuação do regime ditatorial, o “SÍ”, e também pela proposta da oposição, “NO”. A publicidade tem grande importância para a política e ajuda a promover propostas e desenvolver conflitos. Essa relação pode ser por vezes conturbada como no caso da necessidade da tomada de um partido. No filme percebemos vários jogos de interesse, principalmente financeiros, feitos pelo dono da agência onde trabalha Saavedra. Pela inexpressividade da oposição, a situação acreditava que a publicidade não precisaria ser muito trabalhada. Com a junção entre o Marketing e a política é possível pensar estrategicamente o que faria um público tomar e se identificar com uma ideologia. Esse conflito entre estratégia e ideologia é exemplificado através de passagens em que um dos componentes na equipe “NO”, que pertencia ao partido comunista, não consegue conciliar a revolta pela ditadura com um signo adequado à campanha. No filme vemos trechos em que ele quer explicitar a violência do regime e não aceita a proposta “la alegria ya viene”. A propaganda do “Sí”, a principio não considera a publicidade como algo tão importante. Por isso, tem uma postura mais fraca dando brecha para a oposição. A estratégia utilizada foi desfazer a figura militar e autoritária de Pinochet, transformando-o em uma figura que se importa e é carinhoso com seu povo. Há também, por perceber como estava sendo bem sucedida a proposta “No”, de alfinetar a concorrência. O “No” aproveitou-se da conjuntura social chilena para desenvolver