Nietzsche Vontade De Poder
A principal contribuição filosófica de Nietzsche é o conceito da “vontade de poder”. Baseado nas ideias de Schopenhaeur e dos gregos antigos, ele concluiu que a humanidade é impelida por um desejo de potência que se modifica ao longo dos séculos. Nietzsche diz que o que a humanidade fazia antes por amor a Deus ela o faz agora por amor ao dinheiro. Para ele, o cristianismo foi uma perversão dessa vontade, já que suas ideias de humildade, amor fraterno e compaixão significam o oposto desse desejo. Ao aplicar a vontade de potência na análise da motivação humana, Nietzsche mostra que atos que parecem nobres ou louváveis não passam de atitudes decadentes ou doentias.
Os homens construíram a história como se existissem fenômenos morais. Nietzsche nos adverte de que o que existe são as interpretações morais dos fenômenos. Ao interpretar, o homem necessariamente estabelece um valor, que é dado pela sua perspectiva. O perspectivismo é subjetivo, e, nesse caso, falta ao conceito de realidade, uma vez que não há nada que justifique o imaginário.
Nietzsche passa então a desconstruir a moral como a conhecemos, e tenta estabelecer uma nova moral, de acordo com a natureza do homem, tal como ele observa ao longo da história. A sua moral nada tem a ver com efetividade, como a moral aristotélica, por exemplo. A moral que Nietzsche nos apresenta procura elevar em muito a verdadeira natureza dos homens.
Em um primeiro momento, ele vai sugerir a gênese da vontade de poder, partindo de dados históricos, e principalmente através das relações entre senhores e escravos, os soberanos e os submetidos à soberania.
Os soberanos estabeleciam valores. E partiam de si mesmos para definirem primeiramente o conceito de “bom”. Logo, de uma afirmação de si mesmos, para a aceitação e definição de tudo o que poderia ser considerado como “bom” para todo o restante.
Já os escravos valoravam a bondade a partir de um ressentimento, de um sentimento de negação dos seus