Neuropsicologia e Doença de Parkinson

I. Neuropsicologia

A neuropsicologia surgiu no final do século XIX, início do século XX, estudando os soldados feridos de guerra, que tinham lesões cerebrais e alterações de comportamento, memória, linguagem, raciocínio - o que possibilitou maior compreensão do papel do cérebro comandando esses processos. Contudo, somente no final do século XX, que ganhou maior reconhecimento. Os anos 90 ficaram conhecidos como a "Década do Cérebro", uma vez que o aprimoramento de técnicas de neuroimagem possibilitou a confirmação das interações entre as funções cognitivas e as áreas cerebrais.
Neuropsicologia é a ciência dedicada a estudar a expressão comportamental das disfunções cerebrais (Lezak, 1983). É o campo do conhecimento que trata da relação entre cognição (ato ou processo de conhecer, que envolve atenção, percepção, memoria, raciocínio, juízo, imaginação, pensamento e linguagem) e comportamento e a atividade do sistema nervoso central, em condições normais e patológicas (Nitrini). Ciência cujo objetivo específico é a investigação do papel dos sistemas cerebrais individuais nas formas complexas da atividade mental (Luria, 1984). Assim, esta ciência trouxe não apenas um conhecimento novo, mas também uma nova forma avaliativa, pois busca correlações entre unidades funcionais e comportamentais, o que é denominado como avaliação neuropsicológica.
Os objetos de estudo da neuropsicologia, segundo Gil (2002) são: os distúrbios cognitivos e emocionais, os distúrbios de personalidade ocasionados por lesões do cérebro, a investigação de como diferentes lesões causam déficits em diversas áreas da cognição humana e as funções mentais superiores.
Em suma, as funções neuropsicológicas, se desenvolvem através das influências que se dão entre a interação do meio com as suas contínuas experiências sociais e ambientais, sendo também uma interação cérebro-comportamento, podendo muitas vezes ser alterada dependendo das experiências iniciais, como por exemplo, a de uma criança.