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Os sons da “Neurópolis”
Por Alan de Faria
Livio Tragtenberg, que montou uma orquestra com artistas de rua, ataca o meio da música erudita brasileira: “É jeca”
Pode-se dizer que o músico e compositor Livio Tragtenberg, 43, não tem predileção por cinema, por teatro, por dança ou por um recital. Para ele, o que mais importa é arte criativa, na qual não cabe a interferência das empresas “que vendem produtos na mídia como se estivessem fazendo cultura, quando, na verdade, estão fazendo ‘showroom’ de seus próprios produtos”.
Na maioria de seus álbuns, como “Anjos Negros”, no qual interpreta “Orfeu Suíte”, “Coleção de Novas Danças Brasileiras”, onde mostra uma releitura de cantigas brasileiras de diversas regiões, e “Bazulaques Brasileiros” (com o músico Marcelo Brissac), Tragtenberg coloca sua rara erudição musical à serviço da experimentação, da pesquisa e do risco.
Também é autor dos livros “Artigos Musicais”, coletânea de artigos publicados no jornal “Folha de S. Paulo”, e “Contraponto”, no qual apresenta técnicas de composição musical através de exemplos e, exercícios. Recentemente, compôs várias trilhas sonoras para teatro (“Hamlet”, “Orfeu”, “Édipo Rei”) e para cinema (“Contra Todos”, “500 Almas”, “Um Céu de Estrelas”).
Espionado por grandes nomes da música