Neuropepitídeos e neuro-hormônios
A união entre aminoácidos é denominada ligação peptídica e ocorre entre grupamento amino (NH³+) de um aminoácido e o grupamento carboxílico (COO-) de outro. Por meio de ligações como essa podem ser formadas longas cadeias peptídicas. Uma proteína é, portanto, um polipeptídico. Ao digerir uma proteína, o organismo desfaz ligações peptídicas e promove liberação de aminoácidos. Ao fabricar hormônio, por exemplo, as células do pâncreas reúnem 51 aminoácidos conforme certa ordem, formando duas cadeias ligadas entre si, e o resultado é um polipeptídio chamado insulina.
Alguns peptídeos (macromoléculas formadas por uma dada sequência de aminoácidos) são, também, neurotransmissores. Entre estes a Insulina, que além de ser um hormônio também é um neurotransmissor. E outros peptídeos, como a endorfina e a oxitocina. Durante a década de 1980 foram descobertos novos peptídeos capazes de regular determinados aspectos da função neuronal e atuar para a modulação de respostas somáticas diversas, como a sensibilidade e as emoções (substância P e encefalinas), a fome, dor, prazer, respostas ao estresse (β-endorfina, adrenocorticotrofina, entre outros), entre diversos outros processos, totalizando mais de 50 neuropeptídeos classificados como excitatórios ou inibitórios.
Esses peptídeos derivam de poliproteínas precursoras, sendo que um precursor, codificado por um gene, pode dar origem a diferentes neuropeptídeos conforme as diferentes maneiras de processamento. A síntese ocorre, então, primeiramente no retículo endoplasmático rugoso, seguindo, dentro de vesículas, para o Complexo de Golgi, onde esse propetídeo é clivado (sofre proteólise limitada, controlada pelo pH das vesículas) para que adquira a forma que será secretada pelas vesículas secretoras.
Esse processo de síntese ocorre no citoplasma perinuclear do corpo celular do neurônio, havendo necessidade de as vesículas serem transportadas para a terminação nervosa. Para tanto, o neuropeptídeo