Neocoumunidaes

- Análise comparativa a cerca de neocomunidades e indigenização da modernidade

O conceito de Neocomunidade foi desenvolvido a partir da analise de comunidades tradicionais. Comunidades tradicionais, segundo Tonnies, eram lugares onde um grupo de pessoas compartilhavam sua vivencia, porém para se definir como tradicional é necessário se analisar sob três perspectivas: Comunidade de sangue; onde aparece as chamadas “socialização primária” (pai, mãe, irmão, amigo). Os laços comunitários seria prolongações da “afetividade natural”. Comunidade de lugar; acaba por se tornar inerente a comunidade de sangue, onde é necessária proximidade territorial para que se mantenham as relações comunitárias. O terceiro ponto pra fechar o conceito de comunidade tradicional é o que Tonnies chama de comunidade de espírito; é compreendido com relação imaterial da comunidade “um laço invisível, um imperativo moral, uma reunião mística animada de algum modo por intuição e uma vontade criadora” (Tonnies, 1995:240) Com o advento da modernidade, o avanço do capitalismo, a “ocidentalização do mundo” as comunidades tradicionais foram se perdendo e pensadores do séculos XIX acreditavam que elas acabariam sucumbindo por fim. Porém no final do século XX inicio do XXI começam a surgir políticas para a “revitalização” de comunidades tradicionais, o que chamamos de neocomunidades. A neocomunidade se caracteriza por um local onde existem relações endogâmicas entre sua população, proximidade territorial, e tem sua cultura, sua relação imaterial construída a partir de esforços da modernidade, com diversos atores externos atuando na reconstrução da comunidade de espírito. Esse atores podem ser representados por ONGs, estado, instituições culturais entre outros. Elas tem um papel grande nesse resgate cultural que é feito, muitas vezes feito através de oficinas ou resgates de memórias, porém é necessário observar que quando se faz esse tipo de resgate sempre existe um juízo do que vai ser resgatado