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Amanda Bastos da Silva
História Antiga
Themil,N. Publico e privado na Grécia do VIII ao IV séc. a.C.: O Modelo Ateniense - Rio de Janeiro: Sette Letras, 1988.
Apresentação:
A autora, no decorrer de seu livro, se propõe a comprovar a hipótese de que “público e privado formaram uma esfera tensional na sociedade da pólis dos atenienses” (p. 9) E, para ratificar tal afirmação, lança mão de alguns autores, de documentos históricos e de dados arqueológicos, construindo, assim, a sua obra. Esta, por sua vez, é dividida em quatro partes: I.Poder político, espaço e individuo Tó Koinón, To Ídion / II. Pólis/ III. Oîkos/ IV. Conclusão.

I. Poder político, espaço e indivíduo - Tó Koinón, Tó Ídion

Nessa primeira parte, afirma-se que as questões do publico e privado ainda não encerraram a suas discussões. Ressalta-se também que, é possível retomar a esse assunto analisando a pólis ateniense e, as singularidades das experiências sociais que esse tema proporciona. Inúmeros autores são citados para confirmar tal análise, como, por exemplo, Georges Duby, Paul Veyne e Peter Brown; embora alguns, como Habermas, tenha tratado dessa questão de maneira um tanto quanto simplificada. Chega-se a três focos de observação: uma distinção do publico e privado nas “Cidades-Estados”, um elemento de mediação entre eles e, um entrelaçamento de ambos. E, esses três focos enfatizam o poder político, o espaço e a linguagem. Por isso, para se criar um espaço público, é necessário tomar consciência da existência da política para, assim, separar os interesses pessoais dos coletivos. Na Pólis, por intermédio das eleições ou do sorteio, da anualidade do exercício da função política e do caráter colegiado das instituições, a política era conhecida e praticada pelos cidadãos, sendo, inclusive, a parte central de suas vidas. “Colocar no centro as praticas políticas, significava simbolicamente a reciprocidade de olhares, a publicidade, a linguagem e a igualdade.” (p.18) O termo