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Aula 07 – Pilares: dimensionamento e determinação de cargas nas fundações. 1. Introdução.
Pilares são barras retas, verticais, em que os esforços solicitantes predominantes são forças normais de compressão. A despeito do fato dessa definição enfatizar o esforço normal como predominante, no dimensionamento de pilares deverão ser considerados efeitos de flexão (M, V), sobretudo momentos fletores, que podem ter diversas origens e que, em geral, poderão ser tratados como excentricidade “e” da força normal de compressão na seção transversal, sendo e=M/N.
Figura 1 – Diagrama de corpo livre do trecho de um pilar entre dois pavimentos de um edifício considerando-se apenas a força normal N – a flexão pode ser representada pela excentricidade da força normal e=M/N (GRAZIANO & SIQUEIRA, 2011).
Neste trabalho será abordado o dimensionamento de pilares de concreto, com ênfase em pilares de edifícios de múltiplos pavimentos. Dados os objetivos específicos da disciplina e a carga horária prevista para o assunto, o escopo deste trabalho apresentará as seguintes limitações:
i) – Tratam-se apenas de seções retangulares;
Os pilares de concreto podem apresentar diversas formas de eixos e seção transversal, porém, a seção retangular é a mais comumente empregada.
Quando um dos lados da seção é muito maior que o outro (b w ≥ 5h) utiliza-se a denominação pilar-parede. Os pilares parede podem ser elementos de superfície plana ou casca cilíndrica. Podem ser compostos por uma ou mais
Prof. Dr. Pedro Wellington G. N. Teixeira
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superfícies associadas (Figura 2). Seções circulares também são muito usadas para pilares, porém não serão tratadas neste texto.
(a)
(b)
(c)
(d)
Figura 2 – Tipos de pilares de concreto: (a) pilar reticulado; (b) pilar-parede; (c) pilar-parede composto por várias superfícies associadas; (d) seções transversais usuais de pilares reticulados de concreto armado.