Natureza Femenina do Cerrado

A Natureza Feminina do Cerrado1

Dra. Leda Guimarães – [e-mail] FAV/ Universidade Federal de Goiás.
Ms. Eliane Chaud – [e-mail] FAV/ Universidade Federal de Goiás.

Resumo

“A natureza feminina do cerrado” refere-se ao trabalho um grupo de artesãs da Cidade de Goiás enfatizando saberes tradicionais repassados de geração para geração, os quais no presente, constituem formas de sobrevivência diretamente relacionadas a uma estética do cotidiano. Coletamos depoimentos das artesãs registrados em vídeos, anotando como aquelas mulheres sistematizam e desenvolvem seu processo de criação, como o relacionam com a sua vida, como produzem e vendem suas obras. O título procura demonstrar como o trabalho desenvolvido pelas mulheres é intrinsecamente relacionado a natureza da região do cerrado, onde as duas naturezas, a feminina e a do cerrado, fundem-se numa essência cotidiana.
Palavras-chave: artesanato-estética do cotidiano-trabalho feminino

Introdução

Este trabalho resulta do diálogo entre dois projetos acadêmicos: o projeto de extensão “Arte e Atos Goianos” amparado pelo Programa de Apoio à Extensão Universitária voltado às Políticas Públicas – PROEXT 2005 – MEC/SESu/DEPEM coordenado pela professora Mestre Eliane Chaud e o projeto de pesquisa “Ensino de arte em contexto de comunidade” coordenado pela professora Dra. Leda Guimarães. Ambas da Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal de Goiás: Conjuga-se aqui pesquisa e a extensão como recomendado nos princípios gerais formulados pelo Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras que concebe a extensão como “um processo educativo, cultural e científico que articula o ensino e a pesquisa de forma indissociável e viabiliza a relação transformadora entre universidade e sociedade”. Ambos os projetos, enfatizam o artesanato e a cultura popular e os saberes tradicionais geralmente encontrados em comunidades rurais ou em cidade de pequeno