natação
Quando a criança aprende a ler, o professor não lhe dá um livro e pede que leia. Há uma série de processos que conduzirão a criança ao objectivo final: ler. Na Natação a situação é idêntica; antes de iniciar a aprendizagem das técnicas, a criança deverá completar um processo fundamental para a evolução na modalidade: a Adaptação ao Meio Aquático (AMA). A aparente simplicidade das tarefas nesta fase faz com que alguns técnicos (ou pseudo-técnicos) descurem esta etapa CRUCIAL na correcta evolução da aprendizagem da criança. Barbosa (2001) alerta para a especial importância desta etapa na aquisição das habilidades aquáticas básicas, pré-requisitos para as habilidades motoras aquáticas específicas, como as técnicas de nado. Porém, esta fase não deverá servir para aplicar uma bateria de exercícios, adquiridos mecanicamente pelas crianças desprovidos de qualquer intencionalidade por parte da mesma. A AMA deverá saber responder aos problemas que lhe são colocados, nunca esquecendo algo fundamental: serão sempre crianças! Vivem num mundo imaginário, têm necessidades lúdicas e não compreendem o mundo dos adultos. Assim, as actividades lúdicas devem estar sempre presentes. Todos estes aspectos deverão ser muito bem analisados pelos técnicos de natação.
Princípios orientadores da adaptação ao meio aquático
A definição de nadar, para alguns leigos, ainda corresponde à aquisição final das técnicas de nado simultâneas e alternadas. Barbosa (2005) refere que “saber nadar” implica, por parte do sujeito no meio aquático, comportamentos adequados, em termos de equilíbrio, respiração e propulsão, em resposta a uma situação específica.
É necessário ter em mente vários objectivos gerais, entre eles: vencer o medo; ultrapassar sinais de inadaptação; aquisição de autonomia no meio aquático e adquirir habilidades aquáticas básicas. No fundo: saber estar na água!
Neste sentido, o jogo aquático educativo, centrado no aluno e não no professor,