Nascimento da Psicologia
A múltipla irrupção da Psicologia
Palavras chaves: história, evolução, psicologia e pedagogia.
O filósofo e historiador Michel Foucault (1970-1971-1973) configura a história da psicologia no século XIX como um marco institucional, mas o historiador está sempre se perguntando sobre as experiências práticas e saberes da psicologia. No século XIX houve apenas o eco de um saber ancestral e remoto dessa fundação. Nos trabalhos de Edwin Boring (1950), Otto Klemm (1933), Gardener Murphy (1960) e George Brett (1963) a história da psicologia se cruza com a busca ancestral do conhecimento de si e confunde-se com a própria história do saber se tornando objeto de um saber regulado e disciplinado. A primeira hipótese do pensar histórico sobre o surgimento da psicologia teria nascido a partir da irrupção de condições bem diferenciadas a partir do século XVI partindo da necessidade do conhecimento de si, na busca sobre individualidade e interioridade da natureza humana consigo e com os demais. Uma segunda hipótese para o nascimento da psicologia seria a multiplicidade da profusão de experiências que se articulam na construção do psicológico que demarcam as condições intelectuais, ideológicas, conceituais e metodológicas, estabelecendo também as condições culturais, sociais, econômicas e políticas. Para a história da psicologia todas as formas são necessárias, sejam elas conceitos ou práticas científicas ou sociais, pois todos partem de interesses de pesquisadores que ordenam as ciências, não podendo, pois, a psicologia ser vista de forma isolada.
Segundo Bruno Latour (2001) essas transformações seriam chamadas de Modelo Circulatório da ciência que conceitua e possibilita as práticas sociais modernas da psicologia que constitui o conjunto contemporâneo das experiências constitutivas do domínio da interioridade reflexiva, da subjetividade valorativa coletiva e da