narrativas migrantes: cinemas, aspiranas e urubu

Narrativas Migrantes: Literatura, Roteiro e Cinema.

Jeca Tatu, Cinema, Aspirinas e Urubus.

Se há tentativa para conhecer o perfil cognitivo da sociologia brasileira, tal tentativa se limita a medi-lo exclusivamente por um conjunto de interpretações relacionadas às possibilidades de adequação do país a um modelo de modernidade construído 'fora' de seus limites territoriais, culturais e políticos. Em consequência do uso excessivo dessa medida, o tratamento da relação entre as tradições sociológicas de diferentes contextos nacionais se limitou a apontar as ideias que estão dentro ou fora do lugar; ou ainda as ideias que contribuíram para criar um país legal versus o país real. (...) Em geral, os estudos realizados dessas perspectivas confirmam de modo impecável os cânones interpretativos que consagraram a imagem de um país fora do lugar, inadequado, triste, atrasado. (VILLAS BÔAS, 2006, p. 11-12)

Segundo o dicionário Michaelis: “modernidade sf(moderno+i+dade) 1 Estado ou qualidade de moderno. 2 Os tempos modernos. 3 Modernismo. Desenvolvimento sm (desenvolver+mento) 1 Ato ou efeito de desenvolver. 2 Crescimento ou expansão gradual. 3 Passagem gradual de um estágio interior a um estágio mais aperfeiçoado. 4 Adiantamento, progresso.” Associar essas duas palavras não é difícil, principalmente quando nos reportamos aos dias de hoje, do tão dito “século XXI”, cujo décimo quinto aniversário se aproxima. Um século que, a princípio, seria marcado pela mudança, não só tecnológica mas também cultural, e que ao mesmo tempo nos faz pensar se tais expectativas estão sendo cumpridas, além da origem do quadro em que se encontra hoje o mundo e, em especial, os países latino-americanos. É o tempo, pois, sinônimo de avanço? A autora destaca, em seu texto, assuntos chave, como o desenvolvimento do dito “moderno” e seu impacto sobre os países latino-americanos. Como dito, por meio de citações e dissertações em cima do que disse Oswald de Andrade, o quadro em que o