Narguile
O cheiro das essências usadas no narguile é um convite para juntar uma roda de amigos e passar o tempo. Apesar de ser um jeito mais “charmoso” de fumar, a diversão de origem indiana é mais danosa para o organismo que o cigarro. Em uma sessão, o consumo do narguile pode equivaler a mais de 100 cigarros.
Segundo o professor da Universidade de Brasília (UnB), Carlos Alberto Viegas, o malefício ocorre, entre outros motivos, porque uma sessão de narguile expõe o adepto a um período longo de contato com a nicotina. “Em uma roda, se a pessoa gasta duas horas, vai fumar muito mais tabaco que se fumasse cigarros”. Enquanto um cigarro leva de 5 a 7 minutos para acabar e propicia de 8 a 12 baforadas, um encontro onde há narguile dura de 20 a 80 minutos e pode render entre 50 e 200 baforadas.
Outro problema deste passatempo, como qualquer outro produto derivado do tabaco, é a presença de nicotina e as mesmas 4.700 substâncias tóxicas do cigarro convencional. Entretanto, análises comprovam que sua fumaça contém quantidades superiores de nicotina, monóxido de carbono, metais pesados e substâncias cancerígenas do que na fumaça do cigarro.
Além do tabaco, o carvão é colocado em brasa. A queima do carvão produz substâncias cancerígenas, entre elas, o monóxido de carbono, que potencializa os riscos para seus consumidores. “Essas substâncias se depositam no organismo e não são eliminadas”, diz.
Por desconhecimento dos usuários, a presença da água faz com que se aspire ainda mais a fumaça, dando a impressão de que o organismo fica mais tolerante, o que é errado. Desta maneira, a pessoa vai inalando uma quantidade muito maior de toxinas, sem sentir tanto incômodo.
Embora alguns adeptos acreditem que a água colocada na base do narguile minimize os efeitos prejudiciais da fumaça, Viegas afirma que a água não influi e não filtra nada. As consequências podem ser ainda piores se a água for substituída por alguma bebida alcoólica.
Os malefícios à saúde