napoleao
No começo da última década do século 18, a França era um palco revolucionário e esse foi o cenário perfeito para a ascensão de Napoleão. Após anos de violência, confusão e caos, as pessoas clamavam por alguém que pusesse ordem naquilo tudo. Um oportunidade que um brilhante estrategista não poderia desperdiçar. Segundo o historiador britânico Paul Johnson, autor da biografia "Napoleão" (Editora Objetiva, 2002), ele não era um patriota, pois não se sentia nem italiano nem francês, não acreditava na democracia nem na Revolução em curso, nem tinha sentimentos de classe social, pois apesar de classificado como aristocrata nunca teve propriedades, considerava a nobreza um sistema fraudulento mas não odiava reis e nobres. Essas características e sua simpatia pelo conceito de "vontade geral" desenvolvido por Rousseau, na qual a vontade de uma nação fica personificada em um homem no topo da pirâmide, o fizeram o "homem certo" na "hora certa".
Em 1791, Napoleão jurou lealdade à Revolução e fingiu acreditar na retórica revolucionária: "guerra contra todos os reis e paz com todos os povos". Dois anos depois, quando a França revolucionária declarou guerra