Nanook, O Esquimó (Nanook of the North), de Robert Flaherty (EUA, 1922)
“Os documentários mostram aspectos ou representações auditivas e visuais de uma parte do mundo histórico. Eles significam ou representam os pontos de vista, elaboram argumentos ou formulam suas próprias estratégias persuasivas, visando convencer-nos a aceitar suas opiniões. Quanto desses aspectos da representação entra em cena varia de filme para filme, mas a idéia de representação é fundamental para o documentário” (NICHOLS, 2007, p. 30).
Antes de começar esse texto assisti novamente ao filme. E a sensação que me acompanhou por diversos momento durante a primeira vez que assisti o filme se repetiu, estranheza. A diferença dos hábitos daqueles Esquimós para os nossos é chocante, sem levar em conta a localização temporal, já que o filme foi gravado em 1922, mas especialmente cultural.
Os Esquimós vivem em/da busca pela comida. Grande parte das atividades parecem girar em torno desse tema. É incrível ver as habilidades desenvolvidas para a caça, tanto em estratégias quanto em “armamentos”. Os animais caçados não são exclusivamente para alimentação, são aproveitados ao extremo, como a precariedade da vida no gelo exige. Dos animais vem o alimento, as vestes, combustível e material para comércio. Também impressiona a habilidade para a pesca.
Outro ponto que me chamou bastante atenção foi a relação dos Esquimós com os animais. Na nossa cultura muitos animais aparecem nas nossas relações afetivas (coisas dos tempos de hoje), mas parta os esquimós os cães pareciam ser vistos como “maquinário” necessário para desenvolver as atividades da rotina.
Embora vivam em um local bastante inóspito, dadas as temperaturas muito baixas, os Esquimós desenvolveram aptidões para conviver/sobreviver nessas baixas temperaturas. A engenharia e extrema destreza usadas na construção dos igloos são impressionantes.
Enfim, as diferenças apresentadas por esse filme, não só as citadas acima mas todas apresentadas,