Dom Casmurro é um romance de Machado de Assis escrito no século XIX e que até hoje traz dúvidas sobre um assunto polêmico mesmo para os dias atuais: o adultério. O livro conta a história de Bentinho, do ponto de vista do próprio, que antes de nascer sua mãe prometeu ele a ser padre se viesse ao mundo saudável. Desde criança ele é vizinho de Capitu e apaixonado por ela. Ao se tornar adolescente é mandado para um seminário para aprender e tornar-se um padre. No seminário ele conhece Escobar que, assim como ele não quer continuar estudando a religião. Bentinho e Escobar logo se tornam melhores amigos. Ao sair do seminário tempos depois, Bentinho casa com Capitu e Escobar com Sancha, a melhor amiga de Capitu. O ponto mais alto do romance acontece após a morte de Escobar, quando Bentinho desconfia que sua mulher o havia traído com o seu melhor amigo já falecido. A grande dúvida da estória é: Capitu cometeu adultério ou não? Não é possível responder essa pergunta sem uma profunda análise do livro, do tempo em que ele se passa e de seus personagens. O livro é contado em primeira pessoa por Bentinho que tinha o apelido de dom casmurro por ser “grosseirão”. Ele era muito ciumento em relação à Capitu que se incomodava por qualquer homem que olhasse de forma diferente para ela. Talvez essa desconfiança dele venha desde criança quando seus familiares lhe enchiam de desconfianças, falando-lhe do olhar de Capitu de “cigana oblíqua e dissimulada”, querendo avisar que ela pode não ser o que parece. Capitu sempre foi desde pequena muito misteriosa, sempre teve uma facilidade imensa de omitir sentimentos e enganar até mesmo os próprios pais. Era de uma beleza imensa, segundo a narração de Bentinho. Aos Quatorze anos já tinha pensamentos e pretensões atrevidas para a idade dela e a época em que vivia como o pensamento e o plano de fugir para outro país com Bentinho para evitar que ele fosse estudar no seminário e torna-se padre. Era de uma personalidade forte e marcante,