nada
Descartes acreditava que o conhecimento vinha da fria lógica e da racionalização...
Ele negava portanto, toda a escola empirista que atribuia a sensasão advinda do fenômeno como única e verdadeira fonte de conhecimento...
O humano tem consciencia da sua realidade, mas nada garante que a realidade representa a "realidade-em-si" ( ou realidade-primeira ).
Como exemplo pratico e didático da afirmação acima, gostaria de chamar atenção ao tema do filme "Matrix"
No contexto do filme, os humanos vivem em um mundo simulado virtualmente e fora alguns casos isolados, a maioria das pessoas vivem a sua realidade nesse mundo sem o conhecimento da verdadeira natureza do mesmo, ou seja, admitem que as suas realidades são a sólida realidade daquilo que seus sentidos dizem..
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Vamos começar da base agora..
Peço que voce leia com calma também
Eu não posso saber quem eu sou apenas por aquilo que eu vejo e sinto..
Não posso saber a minha verdadeira natureza e muito menos a dos demais..
Mas eu tento buscar tal resposta mesmo assim...
A minha tentativa é algo e portanto, fruto de algo anterior...
"Algo" é algo em mim, seja la a que nivel de regressão dessa "cadeia de algos", seja la quem ou o que for eu
"Eu", portanto, devo existir de alguma maneira, do contrario não poderia tentar buscar a resposta para a minha pergunta..
Portanto:
"Cogito, ergo sum"
"Penso, logo sou"
Se eu penso, então eu devo ser algo.. Ainda que eu negue toda a realidade a minha volta, EU, sou, invariavelmente fruto de algo..
Esse foi o axioma fundamental de Descartes, a pedra fundamental e absoluta da qual ele começou a construir a sua estrutura filosófica..
Se meu corpo é um representante de ordem "n" qualquer do "algo" que representaria a verdadeira essencia que de fato EXISTE em algum prisma, então meu corpo é um mero receptaculo deste...
Ao "algo", Descartes atribui o conceito de "alma", que