Na R Gida Comunidade Puritana De Boston Do S Culo XVII
A Letra Escarlate não é um livro com muitas páginas, na verdade suas poucas páginas carregam bem toda a aura de pecado e sofrimento que cabe ao enredo. Logo no início Hester Prynne, adúltera e formosa mulher, é colocada diante do pequeno povoado em que vive. Um povoado reduzido a dogmas religiosos... o pecado espreita à porta leitores. Tudo é visto de maneira grandiosa e trágica.
"Em qualquer casos haveria da parte dos espectadores a mesma solenidade, como cumpria a uma gente para qual a religião e lei constituíam quase uma só coisa, e em cuja mentalidade ambas se fundiam de tal maneira que os mais suaves e os mais severos atos de disciplina coletiva eram, igualmente, veneráveis e terríveis"
[Página 57]
Hester saí a público carregando no peito a letra "A" em viva escarlate, mostrando a todos o seu pecado - o adultério - e nos braços o fruto desse pecado.
"No corpete emoldurada em laborioso trabalho de arabescos e fios de ouro parecia em nítido recorte escarlate, a letra A [...] Com a letra da infâmia no peito. Com a filha do pecado no braço"
[Páginas 60 e 68]
O mais interessante leitores é que eu esperava um dramalhão digno de novela mexicana, esperava mulheres gritando, crianças ridicularizando (Algo como quando levaram a mulher adúltera até Jesus e a turba raivosa gritava: Mestre, eis aqui esta mulher... foi apanhada em adultério... essa mulher deve morrer! Cumpra-se a lei de Moisés, é pecadora! Deve Morrer!), não que os olhares reprovadores não estavam na