Na sua opinião, quais os grandes desafios à consolidação do SUS, de acordo com os princípios e estratégias definidas pela Constituição de 1988?
A glória do sistema de saúde fundamenta-se principalmente na expansão e ampliação da cobertura do sistema, com inclusão e incorporação de novos grupos de usuários a serem beneficiados pelo sistema e conseqüentemente houve um aumento na oferta e nos gastos com os serviços de saúde gerando dessa forma uma crise financeira no sistema de saúde.
Toda a construção do SUS foi marcada por avanços significativos na área da saúde publica no Brasil, além de expressar a vivencia do agravamento da crise financeira em todo o País. Quando analisamos a história da saúde publica no Brasil, encontramos uma dinâmica sinuosa e contraditória seqüência de fatos de como deu – se o inicio de pensar e fazer saúde para a população, mas quando falamos na diferença do antigo sistema de saúde ao SUS, podemos citar inúmeros, mas o principal deles permeia na Universalidade dos serviços de saúde e na participação social, o que por si já diz tudo.
Ao focar o SUS como um novo modelo político institucional de gestão da saúde, percebemos que a referencia se faz a idéia de um sistema inovador, universal, descentralizado e com a efetiva participação social, ou seja, o usuário tem direito de dizer as suas necessidades.
A Constituição Federal brasileira de 1988 incorporou em seu texto o direito à saúde como direito de todos e considerou sua garantia como dever do Estado, “mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”.
A proclamação como direito de todos, na forma da Constituição Federal brasileira, introduz de imediato a questão da equidade e da justiça tanto no gozo da saúde quanto no acesso às ações e serviços de saúde, que diariamente podemos observar que o conceito de assistência integral e