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Processo de superação da mentalidade mítica, na Grécia Antiga, com o surgimento da mentalidade racional/filosófica.

Desde o aparecimento da Filosofia na Grécia, no século VI a.C até fins do século XIX, a mentalidade filosófica percebeu as limitações e contradições das explicações míticas e foi gradativamente reformulando e racionalizando essas explicações. Muitos Filósofos buscavam respostas que pudessem explicar os fatos, isso tudo contribuiu para a desvalorização da mentalidade mítica. A mentalidade mítica era baseada na crença de que tudo que ocorresse em volta dos homens, incluindo os fenômenos da natureza, eram causados por Deuses. Apresentava uma explicação para todos os problemas que preocupavam o homem, não se importando com as contradições com o fabuloso e o incompreensível, narrava-se como as coisas eram ou tinham sido no passado imemorial, longínquo e fabuloso, voltando-se para o que era antes que tudo existisse tal como existe no presente. A mentalidade mítica também buscava a origem das coisas e do mundo através de lutas, alianças e relações de toda ordem entre forças sobrenaturais que governavam omundo e o destino dos humanos, e, também consistia na necessidade que os homens sentiam de entrar em comunhão com as forças que lhe deram origem e está ligada às tradições dos povos, além de ser uma verdade intuída, que não precisa de provas para ser aceita. Por outro lado a mentalidade racional/filosófica busca as respostas para as questões que envolvem a nossa existência e o que ocorre no mundo, através da razão humana, no sentido de buscar as raízes de procurar os fundamentos dos nossos conhecimentos e de nossas ações, é rigorosa porque se vale de método específico, além de ser crítica e uma reflexão de conjunto. A Filosofia se preocupa em explicar a produção das coisas por elementos e causas impessoais de como e por que, no passado, no presente e no futuro, as coisas são como são. A mentalidade racional/filosófica não admite contradições,