Máias
05 de junho de 2007 • 10h31 • atualizado às 10h48 * Notícias
Bernardo Gutiérrez
La Vanguardia
Mais professores. Melhores salários. Mais vagas nas universidades públicas. Prêmios para as escolas com melhores resultados. Incentivos aos doutorados. Computadores para as escolas da rede pública. A revolução educacional, a grande conta que resta por saldar do primeiro governo do presidente Lula, está a ponto de começar no Brasil. E, em uma república de dimensões continentais na qual a educação é tarefa dos governos municipais, o sistema está a ponto de naufragar. ccccccccccccc Econômico (OCDE) em prazo de 15 anos. Um estudo do governo brasileiro calculou que na OCDE a medida do conhecimento, conhecida como índice de desenvolvimento da educação básica, chega a seis, enquanto no Brasil ela é de apenas 3,8.
E o pior é que apenas 33 dos 4.350 municípios brasileiros (ou seja, 0,8%) têm nível educativo considerado aceitável. Em regiões como o paupérrimo Nordeste, terra natal de Lula, a situação é catastrófica, Das escolas brasileiras com índice de desenvolvimento educativo de entre 0,3 e 2,7%, 81% se localizam no Nordeste. A radiografia do Ministério da Educação revelou que 700 mil alunos brasileiros (1,5% do total) estudam em escolas desprovidas de energia elétrica.
Para acabar com o terceiro-mundismo educativo, o governo Lula vai aplicar um amplo pacote de medidas que abrangem todos os níveis de educação. Antes de implementar o plano de desenvolvimento da educação, o governo vai elevar a R$ 390 milhões o programa de assistência monetária direta a escolas, com o qual pretende equilibrar, sem interferência das prefeituras e governos estaduais, os orçamentos educativos das cidades. Ainda que a Constituição disponha que os municípios dediquem uma proporção estabelecida de seu orçamento à educação, a norma nem sempre é cumprida.
O plano pretende criar 150 escolas técnicas em cidades definidas como pólos (normalmente