musica é vida
É de conhecimento no meio acadêmico um elenco de estudos sobre oralidade e escrita. Ora estudam-se textos escritos, ora estudam-se textos falados sob a as mais diversas abordagens e, ainda, focalizam-se índices de oralidade que aparecem na escrita e vice-versa.
Em conseqüência disso, são apresentadas classificações tanto discurso oral quanto do escrito. A partir de uma visão extremista, poder-se-ia classificar o discurso oral, principalmente o da conversa espontânea, como um discurso sem organização prévia, relativamente não planejável de antemão, o que, em princípio, tornaria difícil predizer a forma e a direção do assunto para a seqüência inteira (Koch, 1991). O discurso escrito, por outro lado, se constituiria num discurso com organização prévia do conjunto de idéias a ser transmitido pelo comunicador (Ochs, 1979). Além disso, afirma-se haver mais envolvimento entre participantes da interação na fala e mais distanciamento na escrita (Tannen, 1985). Numa interação face-a-aface, a preocupação dos interlocutores parece estar centrada no desenvolvimento da interação em si, enquanto na escrita o foco parece estar no assunto discutido.
Koch (1992) relaciona as seguintes características distintivas mais freqüentemente apontadas entre as modalidades escrita e falada da língua: a fala é não-planejada, fragmentária, incompleta, pouco elaborada, tem predominância de frases curtas, simples ou coordenadas e apresenta pouco uso de passivas; a escrita é planejada, não-fragmentária,