museu de artes e obras de portinari
Ao longo de três séculos, o forte passou por varias modificações arquitetônicas e alterações no seu formato. Apesar disso, manteve a função estratégica de defesa da cidade, condição que, no entanto, foi sendo abandonada com a evolução tecnológica dos armamentos e das estratégias militares. No final do século XIX, entrou em processo de decadência. Desartilhado em 1877, funcionou como enfermaria, sede da companhia Port of Pará (1907 a 1920), que modificou o conjunto, serviço de comunicação do exercito (anos 50) e sede do circulo militar de Belém (anos 60), quando foram feitas construções no terreno, com as consequências descaracterização na volumetria da fortificação.
Em 2001, o Governo do Estado obteve a alienação dos terrenos do forte do presépio e da casa das onzes janelas em favor do Pará. Com isso, foi realizada a terceira etapa do projeto Feliz Lusitânia, com a criação deste museu. A intervenção foi amparada em pesquisas históricas, arquitetônicas, tendo sido encontrados vestígios de períodos anteriores à construção do forte, inclusive da pré-história amazônica. O museu, assim, traz a presença dessa historia.
PESQUISA ARQUEOLÓGICA
O forte do castelo é um sitio arqueológico de grande significância para o conhecimento histórico de períodos desde o contato entre os primeiros colonizadores portugueses e indígenas nativos, até fins do século XIX.
Suas origens remontam ao inicio do século XVII, por ocasião da chegada das forças portuguesas, comandadas pelo capitão Francisco Caldeira Castelo Branco, que vieram do Maranhão para expulsar franceses e holandeses a assegurar a ampliação do domínio lusitano no Brasil. Trata-se, portanto do sitio colonial mais remoto de Belém. No entanto, pelo menos nos últimos quarenta anos, e foi mais conhecido como local de atividades sociais, como sede do circuito militar de Belém, bar e mirante.
A pesquisa arqueológica desenvolveu-se no período de 2000 a 2002 e concentrou-se no movimento de serviços