Mudanças climáticas
No encontro de Geógrafos da América Latina, o Professor Jorge Rabassa da Universidad Nacional de la Patagonia Austral, apresentou, na Mesa Redonda Mudanças Climáticas Globais, entre outros fatos, o rápido processo de degelo do Glaciar Upsala, um dos maiores do hemisfério sul e um processo equivalente, em curso, em importante geleiras da Terra do Fogo.
Esses caos ocorrem em latitudes acima de 50ºS, em consequência do aquecimento global. As investigações de Arhenius, procura demonstrar a concentração de dióxido de carbono na atmosfera e a elevação da temperatura. Ele estudou, particularmente o dióxido de carbono, mas há outros gases que produzem o mesmo resultado, tais como o metano, óxido nitroso, ozônio, dentre outros, que sofreram um grande aumento em consequência da ação antrópica, tais como queima de combustíveis fósseis, grande industrialização, expansão da área urbana, desmatamentos, queimadas, etc.
O degelo é apenas um dos vários outros exemplos que contribui para o aquecimento global. Ocorrências de furacões em áreas não usuais, verões excessivamente quentes no hemisfério norte, estiagens severas em regiões habitualmente úmidas e outros distúrbios de sazonalidade, têm sido interpretado pela mídia como produtos da desestabilização climática.
O professor Fredéric Bessat, da Universidade de Paris IV, identifica cinco tendências para o próximo século, que seriam as seguintes: aumento de 2,0º na temperatura, em média, entre 1990 e 2100; elevação do nível do mar, de 0,50 a 0,80 m até 2.100, com desarranjo no modelo de circulação das correntes oceânicas; aumento da precipitação de inverno nas latitudes mais elevadas; intensificação do ciclo hidrológico (maior incidência de secas e inundações) e perturbações no ciclo do carbono.
É notável o aumento da temperatura global, mas é necessário avaliar causas, que leve em conta, não só a ação antrópica, mas também os processos naturais.
A mudança climática