mr sami san
A Alemanha produziu a filosofia da história e seu antídoto: Hegel e Ranke são, respectivamente, os maiores representantes da filosofia da história e da história científica,Foi na Alemanha, a partir do início do século XIX, que se desenvolveu a crítica histórica,que utilizava o método erudito criado pelos franceses nos séculos XVI e XVII. Os representantes mais eminentes dessa mudança na produção histórica alemã foram L. Von Ranke e B. Niebuhr, que exercerão influência capital sobre a historiografia européia no século XIX. Ranke possui uma obra vasta, consagrada aos séculos XVI e XVII.
Erudito,baseava-se principalmente nos documentos diplomáticos para fazer a história do Estado e de suas relações exteriores, pois acreditava que as relações diplomáticas determinavam as iniciativas internas do Estado. Isso pode ser explicado pelas circunstâncias vividas pela Alemanha na época: o povo alemão lutava pela unidade nacional e, portanto, a guerra e a política exterior pareciam fundamentais.
Ranke se interessava pela" originalidade" de um povo, de um indivíduo, pela psicologia individual dos grandes homens políticos. Era um conservador: nacionalista, interessava-se especialmente pelas questões dos Estados e defendia as posições da nobreza alemã; protestante, considerava que “cada povo é imediato a Deus" (cf. LEFEBVRE, 1971, p. 260 e seqs.). Filosoficamente, considerava que a história era conduzida pelas idéias e que o historiador deveria descobrir as forças espirituais de que a história era a realização.
Um "hegeliano tímido", que escondia suas posições na "objetividade" do método histórico de crítica das fontes. "Ranke viu na história um argumento poderoso contra as mudanças revolucionárias e a favor de um crescimento gradual dentro de estruturas estabelecidas [ ... ]" (IGGERS, 1988, p. 19). A história, para Ranke, era o reino do Espírito, que se manifestava de forma individual. Era feita de "individualidades", cada uma