Movimentos sociais
1 INTRODUÇÃO Os movimentos sociais no Brasil têm sua história marcada na década de 70 e parte da década de 80, pelo enfrentamento aos governos autoritários, pelas lutas, pela liberdade e pela democracia. Nos anos 90 o Brasil se encontrava no auge do Neoliberalismo, período que foi tido como o berço das lutas contra os governos de Fernando Henrique Cardoso (FHC), dos desmandos na educação brasileira, do sucateamento de todos os aparelhos estatais, do desrespeito aos trabalhadores e as trabalhadoras do Brasil e de todos os traços básicos de um governo que não dialogava com os movimentos sociais, pois estava ao lado das elites brasileiras e internacionais em nome do capital privado, sem levar em consideração o povo que vivia à margem da “democracia”. Segundo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os movimentos sociais não eram ouvidos e sequer conseguiam audiência com o presidente. “Presidente não se reunia com sindicalista, com estudante, com sem teto...” As grandes revoltas dos movimentos sociais se deram pela luta de algumas décadas em busca da democracia, e quando ela chega ao fim, os governos “democraticamente” eleitos não são necessariamente governos que tem em seu projeto a classe trabalhadora e as minorias organizadas ou não. Diante disso, podemos afirmar que um movimento social normalmente vem de condições adversas, pois as grandes mobilizações acontecem nos piores períodos, consequências de angústias e da falta de condições básicas para o povo sobreviver. A existência dos movimentos sociais é de fundamental importância para a sociedade civil enquanto meio de manifestação e reinvindicação. O trabalho aqui apresentado tem como objetivo conceituar o objeto do tema “Movimentos Sociais”, mostrando sua relevância na luta das classes que se encontram numa mesma situação, seja social, econômica, política, religiosa, entre outras. Daremos enfoque ao eixo “Mobilizações e movimentos sociais” citado por Maria da Glória Gohn em