AS REFORMAS SINDICAIS E TRABALHISTAS | O melhor caminho para abordar o movimento sindical é lembrar que se trata de uma forma ímpar, única, de estabelecer a mediação dos conflitos entre trabalhadores e empregadores, durante as disputas reivindicatórias. Não é difícil perceber que os empregadores, que são os donos do capital e dos empregos, vêem, cada vez mais, aumentar seu poder, colocando-se em uma situação privilegiada nas relações de trabalho.De modo que a organização dos trabalhadores em sindicatos de classe surge como a principal forma de minimizar o desequilíbrio existente entre as partes nas relações trabalhistas.Os conflitos no mundo do trabalho vêm de longe e as tentativas de encontrar mecanismos que pudessem estabelecer o equilíbrio de forças entre as partes, representadas pelas organizações de trabalhadores, já eram um fato na Roma antiga da era antes de Cristo. O filme "Spartacus" retratou de maneira didática e épica os esforços dos trabalhadores, durante o Império Romano, para se organizarem e reivindicarem melhores condições de trabalho e, sobretudo, a conquista de uma vida mais digna e respeito ao ser humano trabalhadora, na época submetida ao regime de escravidão.Aquelas ações e lutas, em plena vigência do regime escravista, poderiam ser consideradas fontes primárias e inspiradoras da organização dos trabalhadores em entidades de classe, em busca do equilíbrio de forças nas relações de trabalho.Com a queda do Império Romano e o fim do regime escravista na Europa tiveram a chamada Idade Média, que durou mais de mil anos, período em que surgiram as corporações de ofício, constituídas por artesãos nas cidades e aldeias, que produziam sem submissão aos senhores feudais, os quais impunham à sociedade de então o regime do trabalho servil.A partir dos anos 1500, começam a aparecer as formas manufatureiras de produção mercantil e a serem formados os Estados Nacionais e verificam-se processos de acelerada acumulação de capital que se expande por toda