MOVIMENTO SEM TERRA (MST) “TERRA PARA ROSE” e “CRESCEMOS SOMENTE NA OUSADIA”
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MST: Movimento Sem Terra Após o regime militar surgiu uma desigualdade na divisão de terras, decorrente da expansão da agricultura de grandes proprietários que acabaram tomando terras de famílias humildes por considerar estas terras férteis. Essa situação gerou enorme indignação entre a população que ali residiam. Em março de 1985 surgiu a nova república, onde houve a promessa da reforma agrária pelo governo do presidente José Sarney, que se baseava na redistribuição das terras e ao fim da fome e miséria. Porém, em um discurso feito pelo próprio presidente, esta reforma e desenvolvimento agrário não estavam sendo desenvolvido como previsto. Com isso as famílias resolveram buscar seus direitos por si próprios, como é mostrado no filme “Terras para Rose". Daí surgiu o movimento sem terra. O movimento começou através de acampamentos na fazenda Annoni, localizada no Rio Grande do Sul, que foi um dos principais cenários de conflitos que, em outubro de 1985, foi ocupada por 1.500 famílias de agricultores sem terra, quase 8.000 pessoas. Alguns meses depois, decidiram fazer maior pressão contra o governo fazendo um acampamento no estacionamento do INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), localizado no centro da cidade do Rio Grande do Sul, e depois vieram as passeatas: longas caminhadas com milhares de pessoas, entre eles crianças e idosos. Quase sete meses vivendo na fazenda Annoni, decidiram em assembleia organizar uma passeata pedindo a reforma agrária. Caminharam mais de 500 Km até Porto Alegre em quase um mês de “peregrinação”, e neste caminho contaram com a ajuda de igrejas e escolas, e também se juntaram mais pessoas, que, chegando lá, já se somavam quase 100 mil buscando a reforma agrária. Em Porto Alegre, o presidente Sarney anunciou a desapropriação de algumas fazendas do Rio Grande do Sul, mas não eram suficientes para o número de famílias desabrigadas. E como desapropriar não significa assentar, os sem terra deitaram na praça central