Movimento antivacina
Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas
Unidade curricular de Saúde Pública
O chamado movimento “antivacina”...
A recusa dos pais a vacinar os seus filhos tornou-se um tema recorrente nos dias de hoje. O chamado movimento "antivacina", originário nos EUA, mas que já se entendeu ao resto do mundo, defende que, por exemplo, as vacinas suprimem o sistema imunitário e a relação entre a vacinação e certas doenças, como o autismo, apesar da Organização Mundial da Saúde rejeitar estas associações.
As campanhas anti-vacinação, com bases não cientificas, têm surgido em todo o mundo, o que tem contribuído para o reaparecimento de doenças que estavam controladas e que são evitáveis pela administração da respetiva vacina, como é o caso do sarampo. (Direção Geral de Saúde, 2014) Na Europa, em 2007 foram detetados 7073 casos, e em 2013 registaram-se 31 685 casos, o que traduz um aumento de
348% de casos de sarampo. (World Health Organisation, 2014)
Segundo a ideologia liberal, é da responsabilidade dos pais decidirem se a criança é ou não vacinada.
Portugal segue uma ideologia liberal pois a administração de certas vacinas não é obrigatória, porém, as vacinas abrangidas pelo Plano Nacional de Vacinação são totalmente gratuitas e fortemente aconselhadas, pela Direção Geral de Saúde e Ministério da Saúde, através de inumeras campanhas e folhetos informativos; os profissionais de saúde assumem também uma importância fundamental para a divulgação da prática da imunização. Segundo a ideologia socialista é da responsabilidade do estado a obrigatoriedade da vacinação, por se considerar determinadas doenças demasiado perigosas para o indíviduo e para a sociedade. Portugal apresenta uma ideologia socialista na medida em que as vacinas antitetânica e antidiftérica são de carácter obrigatório desde 1962, pois nos anos anteriores e apesar das campanhas de vacinação contra o tétano e difteria, e da gratuidade