Motores alimentados por inversores de freqüência: o isolamento resiste?
Mario Célio Contin – marioc@we g.com.br Depto.Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) WEG Motores Ltda
RES UMO
Com o uso cada vez mais difundido de inversores de freqüência nas aplicações com variação de velocidade, uma nova preocupação surge para os fabricantes e usuários de motores elétricos: o isolamento resiste? De fato, os altos e freqüêntes picos de tensão provocados pelo inversor podem levar à ruptura do dielétrico isolante, requerendo o uso de melhores sistemas de isolamento e materiais mais resistentes à degradação. Os fenômenos físicos envolvidos, bem como toda a problemática deste assunto, estão apresentados neste trabalho.
tecnológicas surgidas, uma das principais preocupações dos grandes fabricantes de motores. Para a busca da solução para este problema, é necessário um grande investimento, abrangendo desde o entendimento físico mais completo dos fenômenos envolvidos, até a concepção de materiais, métodos, técnicas de medição e processos que permitam resolvê-lo, respeitando os princípios técnico-econômicos.
1. INTRODUÇÃO
Nos últimos anos tem sido verificado o que parece ser uma tendência irreversível, em vista das vantagens oferecidas, o acionamento de máquinas com controle de velocidade através do uso de motores de indução de gaiola, alimentados por inversores de freqüência (retificador + inversor). Este sistema tem adquirido muita força em função da rápida evolução tecnológica e redução de custos das fontes eletrônicas chaveadas do tipo PWM (Modulação por Largura de Pulso). Mas, em função desta evolução, a qual permitiu um aumento considerável no rendimento dos motores, em virtude das melhorias obtidas na forma de onda modulada de saída de stes inversores, criou-se um problema adicional, relativo ao sistema de isolamento dos motores. Com o aumento da velocidade de chaveamento e freqüência de pulsação dos inversores melhorou-se o espectro da onda modulada de saída, reduzindo