Monumenta Restauro em Mateiais a Base da Cal

Histórico

INTRODUÇÃO À CAL

Devido a alta disponibilidade e fácil aplicação, desde as culturas mais antigas (Antiga Grécia, Egito, Maias e Incas), relata-se o emprego da cal, seja como aglomerado de argamassas ou em obras dotadas de sofisticação artesanal, segunda essa quando possuía-se maior nível de conhecimento do material.
Muitos edifícios maias eram decorados com diferentes tipos de imagens moldadas em estuque à base de cal. As argamassas eram compostas ainda por, mistura de aglomerados mediante adição de agregados de natureza pozôlanica, natural ou artificial.
John Smeaton (1756), James Parker (1796), James Frost (1811) e Louis Vicat (1818) foram importantes colabores para a evolução dessa tecnologia, a partir de seus estudos Joseph Aspdin em 1824 desenvolveu o cimento Portland, o que culminou o declínio das argamassas tradicionais. No Brasil colonial, aplicava-se o uso da cal de conchas marinhas nas argamassas e revestimentos das construções da cidade de
Salvador, fortificações e casarios em toda extensão brasileira. Logo ocorreram as produções ainda tradicionais da cal de calcário, ou dolomitos, e a importação da aglomerantes hidráulicos. No Século XX a partir de 1950 surge a indústria da cal e do cimento, extinguindo as fabricas de cal de concha tradicionalmente conhecida como caieiras.

Edifício Maia Ednzá, México - Imagens moldadas em estuque à base de cal

Estuques, Fez, Marrocos

Muro antigo, Santo Antônio de Lisboa SC
Vestígio de argamassa de cal de concha

Arquitetura doméstica, Estrada Rio Vermelho SC

Composição e função das argamassas nas alvenarias tradicionais
Basicamente a argamassa é composta por dois componentes, o aglomerante (material ativo), e agregado (areia natural de rio, de jazida, de conchas, tijolos, pedras ou outras fontes), e ainda com a aplicação ocasional de aditivos. Na argamassa de cal, o agregado influencia diretamente em vários aspectos do resultado final, como cor, textura, porosidade, e dentre outros aspectos, isto posto o