Monteiro, John Manuel. Negros da Terra. Índios e Bandeirantes nas origens de São Paulo, no séc.XVI. São Paulo: Companhia das Letras, 1999. PP.17-56.
Programa de Graduação em História
Eduarda Alves Santos
MEMORIAL DE LETRAMENTO
Belo Horizonte
2014
Meu processo de letramento teve início bem antes de entrar para o Jardim de Infância. Lembro que meu pai sempre me contava Historias, como, a menina dos cachinhos dourados, os três porquinhos, Branca de Neve e outras. Mas a historia que mais gostava era a do menino, que não tinha sido batizado, e não tinha nome, então sua mãe lhe disse: vai ao anjo para que ele te dê um nome... Sendo batizado, o menino passou a ser chamado de Tatê Calanque Catacan Quixilá Calanque. Meu Pai narrava essa história incrivelmente! E as leituras que eu fazia de cada gesto, expressão, sons. Era Fantástico!. Hoje percebo que eu tinha a capacidade, ainda que criança de ler, mesmo que não fosse leitura escrita, eu lia oralmente, dando significações, interpretações de cada narrativa que meu Pai contava. Quando entrei para o Jardim de Infância, aprendi a fazer recortes de letras, para reconhecimento inicial do alfabeto, e atividades de desenho, como, exemplo a representação da letra A, com uma forma mais lúdica. Nos anos iniciais do Ensino Fundamental, algumas mudanças ocorreram e a principal delas é que meus pais se separaram, acredito que essa circunstância prejudicou bastante o meu aprendizado, principalmente na leitura e escrita. Os problemas emocionais, a dificuldade em aprender, e a ausência do meu Pai, foram fatores que contribuíram para meu pouco desempenho neste ensino. Mas foi no inicio do 1º ano do Ensino Fundamental que aprendi a Ler e a Escrever.
Assim do fundamental em diante meu contato com a leitura e escrita foi somente o necessário, não buscava fazer nenhuma leitura de outros livros, como, literatura, Jornais, Revistas. Com o passar do tempo percebi que era necessário ler mais, com o intuito de obter mais conhecimento. Essa influência veio, como sempre, do meu Pai e também do