Monrouaa
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Monróvia- As autoridades de Saúde e a comunidade internacional esperavam, nesta terça-feira (28/10), que a mobilização contra o ebola no oeste da África começasse a dar frutos, depois que a Cruz Vermelha constatou a redução das mortes em Monróvia, capital da Libéria, país mais afetado pela epidemia.Em Adis Abeba, sede da União Africana (UA), o secretário-geral da ONU, Ban ki-moon, afirmou que a luta contra o ebola ainda será uma longa batalha, repetindo que "a transmissão do vírus continua a superar a mobilização da comunidade internacional". "Nós precisamos com urgência de mais equipes médicas estrangeiras treinadas sendo mobilizadas na região", insistiu Ban, em uma viagem pelo leste do continente, ao lado do presidente do Banco Mundial (BM), Jim Yong Kim."Vamos precisar de um fluxo contínuo de pelo menos 5.000 trabalhadores sanitários de fora da região", com rotações regulares, considerou o presidente do BM, dizendo-se "muito preocupado por saber onde encontrá-los, levando-se em conta que o fator medo influencia em muitos lugares". "Quanto mais tempo a epidemia causar estragos, maior será o risco de uma propagação para outros países. O Mali é o exemplo mais recente", afirmou Ban.Esse país permanecia em estado de vigilância desde o primeiro caso identificado na semana passada, o de uma menina de dois anos que tinha voltado da Guiné e faleceu em 24 de outubro, em Kayes (oeste). Mais de 50 pessoas estão em quarentena, sendo dez na capital, Bamako. A Libéria é o país mais afetado, com a metade dos mais de 10.000 casos registrados e a maioria dos 5.000 mortos pela epidemia. A Cruz Vermelha, encarregada da coleta de corpos no entorno da capital liberiana, informou ter constatado uma redução significativa de cadáveres desde o início do mês.Após atingir um pico em setembro, com mais de 200 corpos recolhidos em uma semana - chegando a mais de 300 em meados do mês -, as estatísticas foram declinando progressivamente para se situar em 117 na semana passada, informou o