Monografia

Após as diversas mudanças ocorridas no século XIV, nos primeiros decênios do século XV, alguns artistas – arquitetos, escultores e pintores – descobrem uma nova maneira de projetar edifícios, de pintar e de esculpir, que muda a natureza do trabalho artístico e suas relações com as outras atividades humanas. Sendo, portanto um movimento de renovação cultural que tem como palco principal as cidades italianas, dando ênfase a Florença.
Os artistas da nova geração que trabalham no inicio do século XV – Ghiberti, Brunelleschi, Donatelo, Paolo Ucello, Masaccio – levam a termo as obras iniciadas pelas gerações anteriores (a catedral, o Batistério, as grandes igrejas conventuais da periferia, o palácio dos Priores), porém sua contribuição adquire um valor novo, autônomo e universal: é uma proposta válida para todos e que de fato será adotada nos próximos cem anos, em todo o mundo civil como alternativa para a tradição medieval. Os artistas agora se tornam especialistas autônomos, desligados da comunidade da cidade e aptos a trabalhar em qualquer lugar aonde sejam chamados. A nova cultura artística é de fato não mais Fiorentina, mas italiana e universal.
Considerando as inovações dentro do campo da arquitetura, esse novo método é estabelecido por Brunelleschi e pode ser resumido dessa maneira: * A tarefa do arquiteto agora é definir de antemão (com desenhos e modelos) a forma que será a obra a construir, todas as decisões devem ser tomadas antes da construção, assim torna-se possível distinguir duas fases do trabalho: o projeto e a execução. O arquiteto faz o projeto, não mais se confunde com os operários, as suas organizações que se ocupam da execução. * Ao fazer o projeto o arquiteto se preocupa com os caracteres que contribuem para a forma da obra. Esses caracteres são: proporcionais (relação entre os detalhes independente de medidas); métricos; e físicos (cor, granulosidade, dureza). * Os diferentes elementos de um edifício – colunas, entablamentos,