Monografia
O presente trabalho preocupa-se em apresentar a situação da mulher nos diversos períodos históricos e, em especial, a idealização dessa mulher e sua relação à imagem de Maria, como: pura, santa e casta. Um contraponto ao papel idealizado para o homem e exercido por ele, como: chefe da família, o líder que decide e impõe aos demais uma relação de vigilância e submissão. Fatos estes, dão sustentação a uma sociedade onde há uma divisão de funções de acordo com o sexo do indivíduo, onde a mulher é o “sexo frágil” e essa fragilidade passa a se confundir com submissão e obediência.
Toda essa carga ideológica, ao longo dos séculos cria um conflito entre os sexos gerando uma situação de violência para que as mulheres sejam obedientes aos homens (pais, maridos/ companheiros, irmãos, etc.), mas essas relações não são somente de aceitação da violência e sim de luta, pois as mulheres desde a antiguidade buscam ocupar diversos espaços como as senhoras feudais e mercadoras1 as quituteiras, quitandeiras e prostitutas na América Portuguesa2, as feministas do século XIX e XX3 e as mulheres do século XXI onde algumas preferem a manutenção da ideia de mãe e esposas, porém não se afastam dos espaços públicos e se submetem numa relação de superexploração, posto que trabalham no lar, espaço privado e fora dele, espaço público.
Essas mulheres buscam além da independência financeira, o fim da situação de violência a que foram submetidas durante séculos. No Brasil, temos como referencial a história da biofarmacêutica, Maria da Penha Maia Fernandes vítima de duas tentativas de homicídio efetuadas por seu ex-companheiro, o professor Marco
Antonio Herdia Viveros, que foi condenado após 19 anos da prática criminosa a 08
(oito) anos de prisão cumprindo somente dois anos. Então,
“o episódio chegou
à Comissão Interamericana dos Direitos Humanos da Organização dos Estados
Americanos (OEA) e foi considerado pela primeira vez na história, um crime de
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MACEDO; José Rivair. A Mulher