monografia
EVENTOS ADVERSOS PÓS-VACINAÇÃO EM CRIANÇAS
NO ESTADO DE SANTA CATARINA
Trabalho apresentado à Universidade Federal de Santa Catarina, como requisito para a conclusão do Curso de Graduação em Medicina.
Florianópolis Universidade Federal de Santa Catarina 2008RESUMO v Introdução: vacinas contribuem significativamente para a redução da incidência de doenças infecciosas, porém não estão livres de eventos adversos.
Objetivos: analisar a prevalência dos eventos adversos pós-vacinação em crianças no Estado de Santa Catarina.
Métodos: trata-se de estudo descritivo transversal que analisa os eventos adversos, utilizando dados do SI-EAPV®, referentes às vacinas tetravalente, tríplice bacteriana, tríplice viral, BCG, hepatite B, febre amarela, vacina oral de rotavírus humano e vacina oral contra pólio, no período de 2003 a 2006, em crianças entre zero e 14 anos.
Resultados: foram notificados 3994 eventos adversos em crianças. A tetravalente foi responsável por 2861 (71%) dos casos. Os tipos variaram entre as vacinas e o evento mais notificado foi o episódio hipotônico-hiporresponsivo, com 923 (23,1%). O grupo etário de menores de um ano de idade foi responsável por 2838 (71%) das notificações. Para todas as idades, 1805 (41,5%) casos foram atendidos na emergência, a conduta frente ao esquema vacinal foi mantida em 2184 (50,2%) e houve contra-indicação com troca de esquema em 2068 (47,5%); cura sem seqüelas foi observada em 4179 (96%) e houve confirmação do caso em 3924 (90,2%). A taxa de notificação para todas as vacinas em crianças foi de 0,72 para 1000 doses aplicadas; a tetravalente representou 2,8.
Conclusão: apesar das limitações dos sistemas de vigilância epidemiológica passiva, este estudo concluiu que as vacinas são seguras e os eventos adversos são na maioria benignos. Sugere-se considerar estudos de vigilância ativa para maior esclarecimento de alguns eventos, como o episódio hipotônico-hiporresponsivo. LISTA DE SIGLAS E