Monografia
A sexualidade humana tem sido ao longo dos tempos, objeto de estudo de várias pesquisas e nestas, a Orientação Sexual emerge com bastante significado, dada a sua relação com a própria condição humana, pois se considera que a influência da sexualidade permeia todas as manifestações do indivíduo do nascimento até a morte, englobando o papel sexual do homem e da mulher, o respeito por si e pelo outro, as discriminações e os estereótipos atribuídos e vivenciados nos relacionamentos humanos, dentre outros problemas atuais e preocupantes. Compilando a literatura existente, percebe-se que existe um número considerável de trabalhos elaborados na perspectiva de subsidiar os educadores quanto a abordagem da Orientação Sexual na escola. Contudo, observa-se que são poucas as instituições de ensino que incluem em suas práticas pedagógicas a discussão de um tema tão importante e necessário como é a sexualidade humana e, quando a fazem, essa se resume as palestras a cargo de psicólogos e/ou médicos, como se isso fosse suficiente para esclarecer as dúvidas relacionadas à sexualidade humana e suas múltiplas expressões. Essas “discussões” e “informações”, na maioria das vezes, estão voltadas tão somente para os adolescentes, ficando a infância e a pré-adolescência à mercê de informações incompletas, fantasiosas, regadas a preconceitos, incompreensões. Para alguns professores do Ensino Fundamental (1º e 2º ciclos), a Orientação Sexual nessa fase é vista como algo não saudável, pois estimularia precocemente a sexualidade das crianças. Estudos científicos realizados nessa área demonstraram que o trabalho de Orientação Sexual, ao contrário do que se propaga, não estimula a atividade sexual, não antecipa a idade do primeiro contato sexual, nem tão pouco aumenta a incidência de gravidez ou aborto entre os adolescentes. E, sim, as crianças/adolescentes, que foram orientados sexualmente na escola, tornaram-se mais responsáveis e conscientes.