Resenha critica
O pouco encantador Código da Vinci
O filme O Código da Vinci (The Da Vinci Code (EUA), 2006, 149 min.) conta a história de Robert Langdon (Tom Hanks), um famoso simbologista, que foi chamado a comparecer no Museu do Louvre após o assassinato de um curador. A morte deixou uma série de pistas e símbolos estranhos, os quais Langdon necessita decifrar. Em seu trabalho, ele conta com a ajuda de Sophie Neveu (Audrey Tautou), criptógrafa da polícia. Porém o que Langdon não contava era que suas investigações o levassem a uma série de mensagens ocultas nas obras de Leonardo Da Vinci, que indicam a existência de uma sociedade secreta que tem por missão guardar um segredo que já dura mais de 2 mil anos. Ainda que seja uma adaptação do livro de Dan Brown chamado O Código da Vinci, o filme não encanta como a obra escrita. Isso acontece por vários motivos, sendo o principal a péssima adaptação da história para roteiro. O telespectador que não fez uma leitura prévia certamente terá problemas em entender o enredo. Isso porque não foram colocadas as muitas linhas de raciocínio feitas pelos personagens antes de desvendar cada segredo. Além disso, o diretor não soube explorar a exuberante cidade de Paris. Ao contrário do leitor, que termina o livro e deseja viajar para a capital francesa para conhecer os locais passados pelos personagens, aquele que foi ao cinema nem percebe que a história se passa em Paris. Também a falta de entrosamento entre os personagens principais deixa o filme ainda mais sem graça. Enquanto eles são sedutores e têm uma atração física mútua na obra de Brown, na tela são frios e sem atrativos. Por último, cabe ressaltar a iluminação que tornou ainda mais sombria essa mal fadada adaptação. Enfim, ainda que se tenha criado uma expectativa muito grande em torno do filme, ele, infelizmente, não vale a entrada